terça-feira, 23 de novembro de 2010

Empresa de segurança na web cria 'bafômetro' para redes sociais

Usuários são impedidos de publicar mensagens quando estão bêbados.
É necessário fazer teste antes de entrar na rede social.

Do G1, em São Paulo

Em um dos testes, usuário deve seguir o dedo na
imagem com o mouse para provar que está sóbrio.
(Foto: Divulgação)
Para evitar que muitos usuários de redes sociais passem por apuros enquanto estão embriagados, publicando mensagens ou fotos comprometedoras, uma empresa de segurança na web criou uma espécie de “bafômetro” digital. O programa impede que, no caso de embriaguez, o usuário publique qualquer mensagem no Facebook ou no Twitter, por exemplo.

A Webroot desenvolveu uma aplicação chamada “Social Media Sobriety Test”, que pode ser instalada no navegador Firefox. Nela, o usuário deve configurar o horário do dia em que ele corre risco de estar embriagado e selecionar quais são as redes sociais que ele utiliza. Caso a pessoa deseje publicar uma mensagem neste horário, ela passará por pequenos testes de reflexos e deverá responder algumas perguntas para ser considerado habilitado.

Caso passe no teste, ela poderá publicar o que quiser. Caso seja reprovado, o sistema bloqueia o acesso à publicação, divulgando um aviso de que o usuário está embriagado demais para publicar uma mensagem.

Fonte: G1 publicada em 11/11/2010

sábado, 13 de novembro de 2010

Aplicativos de jornais estão matando as versões em papel, diz executivo

Declaração foi feita pelo vice-presidente operacional da News Corp. Empresa informou que publicações perderam 90% de seus leitores on-line.

Reuters

O vice-presidente operacional da empresa News Corp, James Murdoch, afirmou nesta sexta-feira (12) que a venda de aplicativos de jornais para aparelhos como o iPad, da Apple, está matando as vendas das versões em papel.
Usuários do iPad podem baixar aplicativos de jornais para uma melhor leitura. (Foto: Divulgação)

A News Corp fechou o site gratuito do diário Times, de Londres, em junho deste ano. O jornal, sua versão dominical Sunday Times e o News of the World – tablóide mais vendido do Reino Unido – estão disponíveis na internet apenas para assinantes.

A unidade de jornais britânica da News Corp, News International, informou neste mês que as publicações perderam até 90% de seus leitores on-line e hoje têm 105 mil leitores pagantes, incluindo clientes dos aplicativos dos jornais para iPad e Kindle, e-reader da Amazon.

A indústria está de olho nos resultados da medida da News Corp, uma vez que vem perdendo leitores e receita com publicidade para fontes gratuitas de informação e por isso busca novos modelos de negócios para a era digital.

O presidente-executivo da companhia, Rupert Murdoch, pai de James, já se referiu ao iPad como um marco de grandes mudanças para a indústria. Muitos no setor concordam, graças à tela grande do iPad, sua alta resolução e capacidade para ferramentas interativas.

Fonte: G1

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Ameaça à liberdade

Digamos que o Congresso aprove no próximo ano o projeto que está sendo gestado nas entranhas do governo para criar uma agência reguladora da mídia. E digamos que, “por merecimento”, a presidente Dilma Rousseff indique para presidir a agência o atual ministro de Comunicação Social, jornalista Franklin Martins. Afinal, pelo menos publicamente, é dele o maior esforço para a criação dessa agência.

Continue lendo essa opinião publicada na Gazeta do Povo...

Entidades defendem diálogo sobre regulamentação

Um dia depois de o ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, declarar que a regulamentação sobre a mídia será feita mesmo que num clima de enfrentamento, as entidades do setor deixaram claro que o tema deve ser tratado com diálogo e não com con­­­fronto. Dirigentes da Asso­­­­ciação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) e da Associação Nacional dos Jornais (ANJ) e outras ligadas a empresas de telecomunicações evitaram polemizar com o ministro e afirmaram que pretendem contribuir com a discussão.

Leia mais na matéria do Jornal de Londrina...

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Ministro diz que debate ocorrerá mesmo se mídia não concordar

O governo federal levará adiante a discussão sobre a regulação dos meios de comunicação eletrônica (rádio, televisão e internet) com ou sem o consenso das empresas do setor. Segundo o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Franklin Martins, “nenhum grupo terá o poder de interditar o debate”, que ocorrerá por “entendimento ou enfrentamento”. Ele também citou ontem que “fantasmas”, como uma suposta ameaça à liberdade de imprensa, prejudicam as negociações sobre o assunto.

Leia mais na matéria completa da Gazeta do Povo...

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Conselho de Comunicação tramita no CE, BA, AL e PI

Identificar e denunciar "irregularidades" cometidas por veículos de imprensa são atribuições comuns a pelo menos três das quatro propostas de criação e remodelagem de conselhos estaduais de comunicação. Em tramitação em quatro Estados do Nordeste (Ceará, Bahia, Alagoas e Piauí), os projetos são apresentados oficialmente como indutores de novas políticas públicas de comunicação, porém três com caráter abertamente fiscalizador.

Projeto mais avançado até agora, o Conselho Estadual de Comunicação Social do Ceará (Cecs) teve seu texto aprovado na semana passada pela Assembleia Legislativa. De lá, a proposta seguiu para a Procuradoria-Geral do Estado (PGE), que no momento analisa sua viabilidade jurídica. Se habilitado, o projeto terá o seu mérito analisado pela Casa Civil e pelo governador Cid Gomes (PSB).

Elaborado por um conjunto de organizações sociais, o projeto foi encampado pela deputada estadual Rachel Marques (PT), que o levou ao plenário. Em tratamento médico, a parlamentar não respondeu aos pedidos de entrevista. Porém, um dos responsáveis pelo projeto, o jornalista e professor universitário Ismar Capistrano garantiu que o conselho não exercerá qualquer tipo de pressão sobre os meios de comunicação, porém admitiu a existência de uma "função acessória" de fiscalização.

"Se for detectada alguma irregularidade, o conselho encaminha um parecer ao Ministério Público, que analisa a situação e avalia a necessidade de medidas cabíveis", afirmou Capistrano, coordenador de formação da Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária do Ceará. Ele esclarece que o projeto aprovado em plenário é de indicação, e não de lei. Ou seja, trata-se apenas de uma sugestão ao governador, que pode ou não aceitá-la. Em caso positivo, aí então é que seria encaminhado ao Legislativo o projeto de lei.

Procurada, a assessoria de imprensa do governo cearense informou que Cid Gomes ainda não tomou conhecimento do texto em tramitação. Lembrou, porém, que o governador já se manifestou sobre o tema, ao dizer que "nenhum conselho deve ter poder sobre a imprensa".

Para o advogado José Paulo Cavalcanti Filho, ex-ministro da Justiça e especialista em legislações que regulam a imprensa, a criação de foros estaduais parece ser uma estratégia alternativa para a viabilização da atividade do Conselho Federal de Jornalismo, cujo projeto foi rejeitado pela Câmara dos Deputados, em 2004.

"Houve um clamor nacional contra esse projeto e ele não foi aprovado por via federal. Ressurge agora dentro de um projeto de poder mais amplo nas esferas estaduais. É legítimo supor, portanto, que se trata da mesma matriz autoritária", afirmou Cavalcanti. Ele lembrou, ainda, que a criação de conselhos estaduais é inconstitucional, visto que cabe exclusivamente à União regular os meios de comunicação.

E foi justamente por esse motivo que a PGE do Piauí deu parecer contrário à criação do conselho local. Ainda assim, as organizações que defendem o projeto irão apresentá-lo novamente na próxima semana, em reunião com deputados simpáticos à causa. "Consideramos preguiçoso o parecer da Procuradoria", afirmou Oscar Barros, coordenador do comitê piauiense do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), organização que defende a criação do conselho.

Secretário de Comunicação do Piauí durante a gestão de Wellington Dias (PT), Barros participou da elaboração do projeto para criação do conselho estadual. Segundo ele, o órgão seria vinculado ao poder legislativo e teria a função de assessorar os parlamentares em temas que envolvam comunicação social. "Eu quero poder dizer, por exemplo, que o sul do Estado necessita de cursos para operadores de rádio", explicou ele. Outra atribuição do conselho seria o incentivo à produção de conteúdo local.

No entanto, o projeto piauiense também prevê fiscalização dos meios de comunicação. "Se o conselho acha que uma emissora está exacerbando em sua função, ele encaminha o caso à Assembleia e, depois, ao Ministério Público", explicou Barros. "Com o conselho, a vigilância pode ser feita com mais vigor", completou.

Questionado sobre o que poderia configurar tal exacerbação, ele citou o exemplo hipotético de exploração da imagem de pessoas com deficiência na televisão. "Quero deixar claro que a intenção não é calar a boca de jornalista nenhum", enfatizou.

A tarefa de monitorar os meios de comunicação e denunciar "irregularidades" é atribuída aos conselhos de caráter consultivo, que é o que propõe os projetos de Piauí e Bahia. No Ceará, o texto da proposta cita funções "consultivas, normativas, fiscalizadoras e deliberativas" para o colegiado. Em Alagoas, que desde 2001 já tem um conselho estadual de comunicação, a proposta é que ganhe a função deliberativa, ou seja, com capacidade de participar das decisões.

"A proposta surgiu dentro do próprio colegiado, que ao analisar algumas questões entendeu que também deveria colocá-las em prática", afirmou o presidente do conselho, Marcos Guimarães. Ele afirma, entretanto, que o projeto está parado no Gabinete Civil estadual. "Ainda está em manuscritos", contou.

Assim como os demais, ele também negou que haja qualquer intenção de cercear a liberdade de imprensa em Alagoas, porém admitiu que o órgão exerce fiscalização sobre o conteúdo produzido no Estado. "Se você tem um programa de televisão que exibe um cadáver ao meio-dia, isso tem que ser discutido. A sociedade tem que discutir a informação que consome", opina.

Para Cavalcanti Filho, os conselhos estaduais representam uma volta ao passado. Ele defende que o controle dos meios de comunicação seja feito sob a forma de indenizações mais pesadas sobre a publicação de conteúdo considerado equivocado ou difamatório. "Se o jornal mentiu, que pague a indenização. O controle se faz no bolso. No mundo todo é assim".

Na Bahia, o projeto que visa a criação do conselho local também está sob análise técnica da PGE. O secretário estadual de Comunicação, Robinson Almeida, afirma que a proposta não faz menção a qualquer controle sobre os meios de comunicação. "A sugestão é de que atue na elaboração de políticas públicas, como apoio à produção de conteúdo regional, inclusão digital e democratização da informação".

Segundo ele, o maior benefício da criação do colegiado será "a possibilidade de a sociedade participar das discussões sobre as políticas públicas, assim como acontece nas áreas de Saúde e Educação". "Para o governo da Bahia, a fiscalização dos meios de comunicação é da própria sociedade, pelo controle remoto", afirmou o secretário, para depois informar que o projeto deve ser encaminhado ainda este ano para a Assembleia Legislativa.

Cavalcanti Filho tem dúvidas se a criação dos conselhos estaduais pode trazer riscos reais para a liberdade de imprensa no Brasil. Segundo ele, tudo vai depender do tratamento que Brasília dará ao tema. "Se o grupo dominante no poder quiser disseminar essa ideia, aí é um horror. Aí é um modelo de matriz claramente autoritária", avaliou.
Murillo Camarotto | Do Recife

Fonte: Valor Econômico

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Viver de blogs? Eles conseguem

Izabela Vasconcelos

Um foi demitido por blogar na hora do trabalho, o outro recebia críticas do pai para que deixasse o blog e procurasse um emprego. Contrariando as situações, os dois passaram a viver de blogs. Edney Souza, do Interney, blog e plataforma de blogs, e Thiago Mobilon, do Tecnoblog, especializado em tecnologia, estão entre os que conseguiram a proeza de lucrar com seus blogs.

Além de criar o Interney, que faz parte do IG, hoje Edney, aos 34 anos, é sócio da Pólvora, agência especializada em redes sociais e palestrante profissional na FGV, entre outras instituições. A Pólvora tem 20 funcionários, já Edney conta com uma secretaria e um desenvolvedor para sua plataforma de blogs. O empresário também trabalha com outra ideia, o Blog Content, empresa que irá desenvolver redes de blogs profissionais e já conta com três funcionários.

Demissão “impulsionou” carreira
“Há cinco anos trabalho só com comunicação. Em 2007, criei a rede de blogs, e depois comecei a perceber que muitas agências deixavam oportunidades passar nas redes sociais, aí criei a Polvora. Virou um balaio de coisas”, explica.

A paixão por blogar custou o emprego de Edney, que é formado em processamento de dados. “Já cheguei a ser demitido por atualizar o blog no horário de trabalho, na visita a um cliente. Aí eu pensei, será que isso é tão importante pra mim a ponto de eu perder meu emprego? Foi um momento chave pra mim”.

E por incrível que pareça, o que o blogueiro mais gostava de fazer, era o que mais lhe dava dinheiro. “Vi que o que eu mais gostava de fazer me dava mais dinheiro do que o que mais me estressava”. Mesmo assim, a vida não é tão tranquila. “Trabalho da hora que acordo até a hora que durmo”, diz.

A demissão fez Edney se dedicar mais ao blog. “No começo de 2005, decidi viver exclusivamente do blog, depois surgiu outras oportunidades”. Além de manter seu próprio blog, o empresário criou a plataforma de blogs Interney, que reúne vários blogueiros que, assim como Edney, também ganham dinheiro com a venda de espaço publicitário e a inclusão de lojas virtuais em suas páginas. Os blogueiros recebem comissão pelos produtos vendidos a partir de cliques em suas páginas.

Profissão: blogueiro
O que você faz? Essa pergunta nem sempre é fácil de ser respondida por um blogueiro. “Minha família não sei se entende até hoje o que eu e como eu faço. No começo meus amigos me achavam um louco, porque eu era gerente de sistemas na época e depois passei a me dedicar só ao blog”.

Resultados
Hoje, o Interney tem uma média de 5 a 7 milhões de visitas por mês. Edney prefere não revelar quanto ganha com o Interney, mas se mantém dele, além do trabalho na Pólvora e como palestrante. “Agora fica cada vez mais difícil responder essa pergunta”, ri o empresário, sugerindo que seus lucros cresceram com o tempo.

Empresário aos 24 anos
Já Tiago, hoje com 24 anos, criou seu blog quando tinha apenas 19. De lá pra cá, contratou nove pessoas para formar sua equipe, e seu blog, o Tecnoblog, foi chamado para fazer parte do Globo.com.

Tiago diz não ter horário para trabalhar. “Depende muito. Um dia desses saí para ir ao cinema e fui avisado pelo Iphone que o blog tinha saído do ar, aí eu fiquei tentando fazer ele voltar e acabei perdendo o filme. Não tem hora. Mas na maioria das vezes faço a maior parte das coisas de madrugada: gerencio, cuido da parte técnica, contrato e contabilidade”, conta.

O Tecnoblog foi criado em 2005, mas só em 2009 Thiago contratou uma equipe para ajudar no conteúdo e na parte técnica. “Em dezembro de 2005 criei o blog. Comecei a mexer em tecnologia, a me interessar. Em 2007, abri a empresa, em julho de 2009 contratei gente para escrever para o blog e em agosto desse ano veio a parceria com a Globo.com”, resume.

Vai trabalhar, menino!
O pai de Thiago não entendia por que o filho gastava tanto tempo na frente do computador. “Meu pai mandava eu ir trabalhar. Mas no fim, ele ficou espantado com o resultado, e depois de muito explicar, ele entendeu como funcionava”, conta.

Com o seu trabalho, Thiago já recebeu propostas de várias empresas e portais. “Trabalhei pra Intel e pra Nokia, atualizando os blogs deles em eventos e várias outras ações. Já recebi propostas de portais também, mas não deixei por causa do blog”.

Planos
Hoje Thiago se mudou para São Paulo e mora com dois editores do blog, um de Vitória e outro do Rio de Janeiro. A ideia deles é comprar um espaço e montar uma redação fixa, além de contratar mais funcionários. Hoje são 10 pessoas na equipe, mas apenas os três trabalham juntos, os outros sete ficam em diferentes cidades.

“Pretendo contratar um editor e uma pessoa pra parte técnica, nós só não contratamos porque ainda não temos espaço físico. É complicado gerenciar de longe”, afirma.

Resultados
Só na parte de conteúdo, o Tecnoblog conta com mais de 1, 5 milhão de acessos por mês. Se calculada a parte da loja virtual, esse número dobra. Thiago também não gosta de revelar o faturamento da empresa, mas admite que ultrapassa R$ 30 mil por mês. “Eu posso dizer que pra empresa se manter precisa ter mais R$ 30 mil em caixa por mês, sem o lucro, para o pagamento de funcionários e todas as despesas”. O dinheiro vem da parceria com a Globo.com, Google AdSense e, principalmente, da vitrine virtual do Mercado Livre.

Fonte: Comunique-se